Cada vez mais pessoas abandonam a causa. A "tropa de choque" resiste ate quando?

Observo que frequentemente, após algumas verdades serem publicadas pela Revista Sociedade Militar e algum minion ter concluído que a informação pode afetar negativamente o governo, surgem então “do nada” centenas de xingamentos e pedidos de bloqueio dos nossos canais no Twitter e Facebook.

Como temos credibilidade nas redes isso não nos afeta em nada. Quanto a seguidores, preferimos qualidade, não quantidade. Como não cedemos a pedidos de certos grupos para nos tornarmos uma mídia que só publicaria “notas positivas” para o governo, estamos acostumados a não depender financeiramente de publicidade estatal ou de empurrãozinhos da cúpula. Ainda assim lamentamos muito em constatar que o conservadorismo periga descambar para o fundo do poço.

Não há limite ético ou moral. Usam – em nome de Deus, pasmem - todas as armas que antes o lado oposto usava, sejam elas mentiras, destruição de reputação, agressões verbais e até agressões físicas se você estiver com eles por perto. 

(posts comentando notícia publicada na Revista Sociedade Militar sobre oficiais generais citados em Ação Civil Pública denunciando irregularidades no Exército Brasileiro)

Desde muito antes das eleições de 2014 a Revista Sociedade Militar por meio de diversos articulistas já distribuía informação sobre a corrupção desenfreada no governo, tentativa de aparelhamento das FA etc. Foram muitas as ameaças, xingamentos de fascistas, nazistas e denúncias contra nós. Mas, não nos intimidamos. 

Por um curto tempo acreditamos que com a direita no poder a liberdade de imprensa se ampliaria no país. Todavia, a coisa não se concretizou, se as tentativas de intimidação não partem de dentro do governo, chegam por meio da tropa de choque, dos pelotões de radicais que jamais são desestimulados pela cúpula.

Lembro-me do MST, fazia todo tipo de atrocidade em favor dos governos de esquerda e nunca, jamais foram desestimulados pelos mandatários que defendiam. Se autodenominavam o exército da esquerda, vocês certamente se lembram disso.

Está cada vez mais difícil manter um canal pequeno ou médio de mídia que apure fatos e fale a verdade sem o objetivo de favorecer quem quer que seja. A imprensa verdadeira coleta e distribui informações, expõe fatos. Assim deve ser e assim continuaremos a proceder.

Só com base em dados verdadeiros a sociedade pode chegar a conclusões corretas e agir com base nas mesmas. Se acabar a imprensa verdadeira, à sociedade só chegará a informação que o governo permitir.

Ninguém resiste muito tempo criando centenas ou milhares de inimigos por dia. 

Conheço gente que escreve muito bem que tem deixado de opinar para não perder seguidores, a pressão sobre eles é terrível! Uma palavrinha, uma colocação mínima contra o senso comum da tropa de choque e o cara é estigmatizado, passa a fazer parte do “outro lado”.

Vejo cada vez mais membros do nosso círculo de amigos, gente que apoiou Bolsonaro, que nele votou, se isolando, não aguentam mais o assédio e já estão buscando a tal terceira via conservadora para 2022.

Infelizmente aos poucos os radicais afastam toda a parcela da sociedade conservadora, honesta e que – mesmo tendo votado em Bolsonaro, não abrirá mão jamais de seu direito de pensar, de criticar o que considera incorreto e de manter o apoio sobre o que considera útil para o país.

Sociólogos explicam que a malta é conduzida com maior facilidade por um líder carismático se for convencida de que há um inimigo comum a todos e nesse caso - ao que tudo indica - na intrincada mente bolsonariana todos os que pensam minimamente diferente são alistados no exército inimigo.

Há sinais claros de que esse método de tentar polarizar cada vez mais o país vem de gente de dentro do próprio governo. 

Hoje logo cedo o presidente da Fundação Palmares, cargo de confiança do governo e que tem por objetivo obvio pacificar, fomentar o diálogo, fez uma postagem altamente guerreira no Twitter. 

Será que isso é produtivo? A pacificação não deveria partir de quem está no controle da máquina pública? Instigar a briga jamais pode ser algo que parta de quem está ocupando cargos públicos.

O estilo TRUMP de ser não foi bem sucedido nos EUA, ele não foi reeleito. 

Dizem que nos últimos anos – em política - as coisas que lá ocorrem se repetem por aqui, não seria o momento de observar isso? Ainda há tempo de assumir postura mais coerente e pacificadora.

Att, Robson Augusto