Críticas mal encaixadas contra quem aponta injustiças nas Forças Armadas!
Robson Augusto*
Semana passada publicamos uma notícia sobre a designação de militares para instituições
privadas que servem às famílias de oficiais das Forças Armadas e gente
considerada do seu nível em clubes-círculos militares. Esses militares designados para os clubes recebem salário do governo. Entretanto, as atividades prescritas nos regulamentos para contratar os TTC, todos
sabemos, devem ser de cunho exclusivamente militar.
Os clubes-círculos militares, que são instituições privadas, não admitem sargentos e cabos em seu corpo
social, mas admitem civis de qualquer classe social, profissão etc. Ou seja, os velhos oficiais generais
que comandam os clubes acham que a presença de sargentos é indesejável, mas se o mesmos se propuserem a pagar o triplo
do que paga um oficial como mensalidade e a tal joia inicial para ingresso, com valores acima de 2 mil reais, eles poderão se associar, fingindo então que são civis.
Muita gente, inclusive
sargentos, me escreveu, a maioria concordando com os posts, mas alguns disseram: "Mas, Robson, isso sempre foi assim, é normal, não adianta
falar, há mais de 50 anos já era assim etc."
Alguém disse nos campos de
comentários do nosso perfil no Instagram: “Pois
é. Tive que ler 3 x. Pq é uma coisa tão normal. Acontece desde Dom Pedro.”
Outro disse: “Sempre foi assim, olha que minha turma é de
1983.”
As regras que permitiam
chibatadas aplicadas como castigos também tinham mais de 50 anos, para o
pessoal da época também era algo que “sempre foi assim”, mas foi preciso que
alguém se levantasse e reclamasse exigindo dignidade, assim a coisa acabou.
Na medida em que em um ou outro local se acha "normal" ou se tolera tratamento indigno - ou menos digno - do que o dado a outras categorias e até o uso do pessoal como empregados de outros, que são iguais, são apenas hierarquicamente colocados acima, se facilita que os que se acham “elites” cometam abusos onde quer que desejem.
Assim no rancho a comida do
capitão é melhor do que do sargento, embora o dinheiro que o governo paga para
a alimentação seja o mesmo para os dois; o tratamento médico da esposa do
general é melhor do que o dado à esposa do cabo embora não exista hierarquia
entre parentes de militares, na pandemia a filha do almirante tenha elevador
restrito e a filha do cabo tinha que entrar em um elevador super lotado etc.
Exigir direitos e
tratamento digno não é insubordinação, não é comunismo, não é fascismo, é na
verdade dever de cada um membro de cada categoria, pelo bem coletivo.
É isso
meu amigo, respeito suas críticas, mas aí está a minha réplica//
*Militar Rm1, Jornaliata, especialista em Inteligência e Marketing, empresário e administrador da Revista Sociedade Militar, site hoje em 25º em sites de notícias no Brasil, com mais de 14 milhões de visualizações / mês
Perfeito Robson, enquanto a subserviência for a régua de medida para os praças, enquanto aceitarem essas coisas absurdas como o abuso de autoridade, seremos abatidos pelas ditas " AUTORIDADES ".
ResponderExcluirUm pouco cansado amigo, muita gente não consegue enxergar as coisas direito.
ExcluirEu penso que temos que ter cautela o foco maior dos praças das FFAA não é a correção da lei 13.954/19 temos que focar nisso. Sabemos que nada é 100 por
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